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D - ÊXODO - QUARTA PARTE - Ex 17,8-16

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Mensagem  Admin Ter Set 20, 2011 10:19 am

4º Encontro: Rezar e agir para vencer as adversidades

O texto base do encontro: Êxodo 17,8-16

Vitória contra o inimigo -* 8 Os amalecitas foram e atacaram Israel em Rafidim. 9 Então Moisés disse a Josué: «Escolha certo número de homens e saia amanhã para combater os amalecitas. Eu ficarei no alto da colina com a vara de Deus na mão». 10 Josué fez o que Moisés havia dito, e saiu para combater os amalecitas. Entretanto, Moisés, Aarão e Hur subiram ao topo da colina. 11 Enquanto Moisés ficava com as mãos levantadas, Israel vencia; quando ele abaixava as mãos, Amalec vencia. 12 Ora, as mãos de Moisés já estavam pesadas; então eles pegaram uma pedra e a colocaram aí, para que Moisés se assentasse. Enquanto isso, Aarão e Hur sustentavam os braços de Moisés, um de cada lado. Desse modo, as mãos de Moisés ficaram firmes até o pôr-do-sol.
13 Josué derrotou Amalec e sua tropa ao fio da espada. 14 Então Javé disse a Moisés: «Escreva isso num livro como memória e diga a Josué que eu vou apagar a memória de Amalec debaixo do céu». 15 Depois, Moisés construiu um altar e lhe deu o nome de «Javé minha bandeira», 16 dizendo: «Uma certa mão se levantou contra o trono de Javé: haverá guerra de Javé contra Amalec de geração em geração».

Algumas questões respondidas pelo texto:
1) Como Moisés organiza a reação aos inimigos?
2) Quando o povo vence e quando ele perde a luta?
3) Nossas lutas tem sido animadas com a oração? Por quê?

Continuando a travessia do deserto, o povo se encontra com o inimigo. Rafidim é o local da batalha. Os Amalecitas eram uma tribo nômade que a tradição bíblica liga à genealogia de Esaú (cf. Gn 36,12). Habitavam a península do Sinai na região de Kades (cf. Gn 14,7) e faziam saques aos que atravessavam o deserto. Os amalecitas eram inimigos de Israel (cf. Dt 25,17-19) e a iniciativa da batalha parte deles. Porém, o texto não informa o motivo do conflito. Talvez seja a disputa pelas fontes de água no deserto ou alguma tentativa de saque. Eles vieram sem temer o Senhor e atacaram pelas costas, atingindo os mais fracos que iam atrás.
Israel não tem exército, trata-se de um grupo que fugiu do Egito e agora caminha no deserto na busca da Terra Prometida. Josué assume o comando da luta no meio do povo e Moisés sobe à montanha para acompanhar a batalha. Embora o texto não fale de oração, o êxito do confronto acontece mediante a atitude de Moisés diante de Deus. Enquanto suas mãos estavam erguidas para o alto, o povo vencia a luta. Quando Moisés abaixava as mãos, os amalecitas venciam. Moisés é o intercessor do povo junto a Deus. E quando já não tinha forças para permanecer com as mãos erguidas, seus companheiros Aarão e Hur ajudaram a sustentá-las. Assim, o povo de Deus venceu a batalha.
Deus vem em auxílio de seu povo e, com Deus lutando a seu lado, o povo de Israel, mesmo sendo muito fraco, vence o inimigo derrotando os amalecitas. A força de Deus acompanha o seu povo, assim o pequeno derrota o poderoso, o fraco vence o forte. A vitória é comemorada erguendo um altar ao Senhor. Esse altar recebe o nome de: “O Senhor é minha bandeira” (Ex. 17,15). Isto é um testemunho do papel de Deus naquela batalha. É também um marco para todos nós. Deus tem de ser a nossa bandeira, Deus tem de ser a bandeira de nossa comunidade, a bandeira de nossa luta. Vale lembrar que a bandeira vai sempre à frente, em primeiro lugar e não pode ser esquecida, nem desvalorizada.
Podemos ver no texto acima, a importância de unir oração e ação. Para voar, qualquer pássaro precisa de suas duas asas. Se uma está enfraquecida ou machucada ele não consegue voar e se torna presa fácil. Oração e ação são as duas asas do cristão e de toda pessoa que desenvolveu uma sadia espiritualidade. Assim devemos evitar dois extremos: “Já rezei demais, agora vou partir pra luta” e “não adianta, vou entregar pra Deus e rezar”. Somente uma caminhada que une fé e vida, oração e ação, compromisso com Deus e compromisso com os irmãos é capaz de vencer as adversidades.
Vale lembrar a Verbum Domini nº 99 – “A Palavra divina ilumina a existência humana e leva as consciências a reverem em profundidade a própria vida, porque toda a história da humanidade está sob o juízo de Deus: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, sentar-Se-á, então, no seu trono de glória. Perante Ele reunir-se-ão todas as nações» (Mt 25, 31-32). (...) É a própria Palavra de Deus que nos recorda a necessidade do nosso compromisso no mundo e a nossa responsabilidade diante de Cristo, Senhor da História. Quando anunciamos o Evangelho, exortamo-nos reciprocamente a cumprir o bem e a empenhar-nos pela justiça, pela reconciliação e pela paz.”
E no nº 101 – “Além disso, quero chamar a atenção geral para a importância de defender e promover os direitos humanos de toda a pessoa, que, como tais, são «universais, invioláveis e inalienáveis». (...) Por isso a difusão da Palavra de Deus não pode deixar de reforçar a consolidação e o respeito dos direitos humanos de cada pessoa.”
Pergunta para o aprofundamento: O que fazer para que estas duas asas: oração e ação tenham maior equilíbrio em nossas comunidades?

Para aprofundar o texto de Ex 17,8-16: Vencer o desanimo

Nunca duvides da presença de Iahweh
Está pericope dos versículos 8 a 16 esta ligada a narrativa anterior, a batalha do povo de Israel contra os Amalecitas em Rafidim. É um ataque traiçoeiro dos Amalecitas contra o povo de Israel que se encontrava cansado da travessia, e mostra que os Amalecitas não temem a Javé e por isso se justifica sua destruição. Aparece a figura de Josué, que seleciona os guerreiros e comanda a batalha. Entretanto a vitória esta ligada a Moises destacando o aspecto do culto e adoração v.15 com a edificação de um altar. Batalhas como esta eram constante, pois os povos nômades disputavam pastagem para seus rebanhos. A narrativa mostra a necessidade de vencer o desânimo, a batalha se torna uma espécie de "guerra santa" e a certeza de vitória esta na adoração ao Deus libertador, que os acompanha e que os dirige na caminhada do deserto
O desânimo entra na nossa vida quando na travessia nos sentimos atacados pelas pessoas. Quando somos atacados pelos inimigos, rezamos. Quando rezamos somos vencedores, se paramos de rezar perdemos a luta. O modo de vencer o desânimo é a oração. Quando somos atacados o melhor que podemos fazer é buscar apoio.
Como seres humanos somos limitados, fracos e cheios de defeitos. Moisés como líder da caminhada prevê que não vai agüentar levar o grupo e então organiza a resistência. O que vai vencer o desânimo diante desta luta não é apenas a oração solidária, mas também ter amigos.
O versículo 14 é pedagógico e tem um objetivo? Então Iahweh disse "escreve isto para memorial em um livro" Lemos o livro para fazer memória, para que não esqueçamos e ao lembrar assumamos isso na vida. Quando fazemos memória dos erros sabemos que é possível caminhar. Todos nós aprendemos com os erros. Temos possibilidade de não errar onde os inimigos erraram. Simplesmente não podemos alegar que não tínhamos conhecimento. Um dia todos serão julgados e não podemos alegar falta de conhecimento.
O Versículo 15 fala que foi através do cajado que o povo atravessou o deserto, se alimentou, bebeu, entretanto o cajado não é sinônimo de poder.
Na liderança de um grupo ninguém é insubstituível e Moisés vai aprender isso. Moisés faz toda a travessia mas não entra na Terra Prometida, passa o cajado antes de chegar.
Nossa tarefa é única a de preparar os nossos substitutos para que estejam mais próximos do Senhor. Temos que continuar na travessia, a bandeira é o cajado que simboliza a força de Deus no meio de nós.
A vida nos ensina que não devemos nos apegar a nenhum cargo, tudo é passageiro. Páscoa é passagem, tudo passa, até você e quanto mais desapegado você for mais fácil será a transição

Questões e dúvidas na caminhada de hoje:
Comunidade: Os catequistas e líderes da comunidade pedem socorro aos companheiros de caminhada?
Catequese: O apoio mútuo de que tanto necessitamos, conseguimos repassar aos catequizandos.
Campanha da Fraternidade: A quem fomos solidários em momentos difíceis?

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