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F - ÊXODO - SEXTA PARTE - Ex 18,13-27

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Mensagem  Admin Ter Set 20, 2011 10:26 am

6º Encontro: Decidir juntos para vencer a dominação

O texto base do encontro: Êxodo 18,13-27

Tentativa de organização -* 13 No dia seguinte, Moisés sentou-se para resolver os assuntos do povo. Ora, o povo procurava por ele desde o amanhecer até à noite. 14 O sogro de Moisés viu tudo o que este fazia pelo povo, e lhe disse: «O que é que você está fazendo com o povo? Por que está sentado sozinho, enquanto todo o povo o procura de manhã até a noite?» 15 Moisés respondeu ao sogro: «O povo me procura para que eu consulte a Deus. 16 Quando eles têm alguma questão para resolver, me procuram para que eu a resolva e para que eu explique os estatutos e as leis de Deus». 17 O sogro de Moisés replicou: «Mas o que você está fazendo não está certo. 18 Você está matando, tanto a si mesmo como ao povo que o acompanha. É uma tarefa muito pesada, e você não pode fazê-la sozinho. 19 Aceite meu conselho, para que Deus esteja com você: represente o povo diante de Deus e apresente junto de Deus as causas dele. 20 Ensine a eles os estatutos e as leis; faça que eles conheçam o caminho a seguir e as ações que devem praticar. 21 Escolha entre o povo homens capazes e tementes a Deus, que sejam seguros e inimigos do suborno: estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. 22 Eles administrarão regularmente a justiça para o povo: os assuntos graves, eles trarão a você; os assuntos simples, eles próprios resolverão. Desse modo, vocês repartirão a tarefa, e você poderá realizar a sua parte. 23 Se você fizer assim e Deus lhe der as instruções, você poderá suportar a tarefa, e o povo voltará para casa em paz».
24 Moisés aceitou o conselho do sogro e fez o que ele havia dito. 25 Escolheu em Israel homens capazes e os colocou como chefes do povo: chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. 26 Eles administravam regularmente a justiça para o povo: os assuntos complicados, eles passavam para Moisés; e os simples, eles próprios resolviam. 27 Depois, Moisés despediu-se do sogro, e este voltou para sua terra.

Algumas questões respondidas pelo texto:
1) Qual o problema enfrentado por Moisés?
2) Qual a solução apontada por Jetro?
3) Nosso modo de liderar se parece mais com o esquema de Moisés ou de Jetro? Por quê?
O povo procurava Moisés sempre que tinha alguma controvérsia. Moisés atendia a todos, procurava responder as perguntas, decidia as questões apresentadas e ensinava a vontade de Deus para o povo. Era o mediador entre Deus e o povo. O texto descreve uma situação na qual o poder estava centralizado nas mãos de Moisés. Isto lhe tirava as energias para servir bem ao povo e lhe roubava o tempo para estar com Deus. O povo enfrentava longas filas, penava no sol, de pé, o dia inteiro enquanto aguardava a vez para ser atendido. Além disso, o povo não participava das decisões, esperava que Moisés decidisse.
Por sua vez, Moisés parecia não enxergar outra alternativa, e com isso, agia de forma muito semelhante ao faraó do Egito que planejava e decidia tudo sozinho. Moisés era como um “faraó bom” mas que ainda não tinha conseguido mudar o sistema de organização do Egito.
Jetro reprova a atuação de Moisés. “O que você está fazendo não está certo. Você está matando tanto a si mesmo como ao povo que o acompanha. É uma tarefa muita pesada e você não pode faze-la sozinho” (Ex 18,17-18). Jetro propõe uma mudança na forma de exercer a autoridade, de organizar o povo e de participação nas decisões. A escolha de juízes, de coordenadores é apontada como o caminho para a descentralização e para a partilha do poder.
Jetro sugere a escolha de pessoas qualificadas que pudessem dividir a responsabilidade com Moisés. Deviam ser pessoas tementes a Deus, homens íntegros e incorruptíveis. Também sugere a organização do povo em grupos de mil, de cem, de cinquenta e de dez para facilitar a administração da justiça. Na subdivisão do trabalho, todas as questões de maior importância deveriam ser trazidas a Moisés para que ele decidisse pessoalmente. As questões de menor importância seriam decididas pelos juízes eleitos.
Moisés acolhe o conselho de Jetro e o coloca em prática, pois vê nas palavras dele o reflexo da própria vontade de Deus. Acontece mais um aprendizado na caminhada, passo a passo, pelo deserto. Aprendizado que levou a saber escutar mais, saber distribuir funções, saber acreditar no novo e confiar nas pessoas. “Escolham homens sábios, inteligentes e competentes de cada uma das tribos, e eu os constituirei chefes de vocês.” (Dt 1,13). Significava a travessia de um poder centralizado na mão de uma só pessoa para o exercício colegiado da autoridade. Este novo jeito de exercer a autoridade permitia a Moisés manter-se mais forte e garantia, de forma melhor e mais organizada, a caminhada do povo. É decidindo em comunhão que se vence a dominação.
O Documento nº 62 da CNBB, “Missão e Ministério dos Cristãos Leigos e Leigas”, no nº 122, diz que “É preciso (...) fazer com que todos os fiéis, diretamente ou através de representantes eleitos, participem, quanto possível, não só da execução, mas também do planejamento e das decisões relativas à vida eclesial e à ação pastoral; para isso podem promover-se periodicamente assembleias e sínodos do povo de Deus, devendo-se manter, em todos os níveis, conselhos pastorais, como recomenda o Concílio e Puebla o reafirma”. Haja o cuidado, nos Conselhos, de não buscar simplesmente a vontade da maioria, mas, quando possível, o consenso de todos ou soluções que conciliem direitos e interesses da maioria e dos grupos minoritários.”
Vale lembrar a Verbum Domini nº 84 (Os leigos) ”Precisam de ser formados a discernir a vontade de Deus por meio de uma familiaridade com a Palavra de Deus, lida e estudada na Igreja, sob a guia dos legítimos Pastores. Possam eles beber esta formação nas escolas das grandes espiritualidades eclesiais, em cuja raiz está sempre a Sagrada Escritura. As próprias dioceses, na medida das suas possibilidades, proporcionem oportunidades de uma tal formação aos leigos com particulares responsabilidades eclesiais.
Pergunta para o aprofundamento: O que fazer para que haja maior participação e descentralização do poder em nossas comunidades?

Para aprofundar o texto de Ex 18, 13- 27: distribuindo tarefas a equipes subsidiárias
A maneira de trabalhar de Moises era centralizadora queria estar presente em todas as tarefas, de manhã até a noite. Jetro percebendo isto foi falar com Moises e disse para ele que a forma de conduzir o povo estava errada e ele acabaria se esgotando. Moises acolheu o conselho de Jetro e sugere a divisão de trabalho: homens de valor dentro do povo ficarão responsáveis como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. Coube a Moises somente as questões mais graves e que necessitasse de autoridade. Depois deste acontecimento Jetro retornou a sua terra.
Um belo exemplo para o trabalho em nossas comunidades. Estamos precisando deste exemplo. Nossa evangelização acontece de forma muito independente, temos dificuldades em dividir tarefas e atividades. Organizar uma comunidade não significa centralizar as atividades. Moises nos dá um belo exemplo, assim deve acontecer em nossa tarefa de evangelizar. Devemos distribuir as responsabilidades, descobrir talentos e lideranças novas.

Questões e dúvidas na busca da união das famílias na caminhada de hoje:
Comunidade: Como dividimos as tarefas em nossas comunidades?
- Moisés aceitou os bons conselhos de Jetro. Sabemos aproveitar novas lideranças que surgem?

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