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A - ÊXODO - PRIMEIRA PARTE - Ex 15,22-27

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Mensagem  Admin Ter Set 20, 2011 10:05 am

TRAVESSIA: Ex 15,22 – 18,27

1º Encontro: Escutar Deus para vencer a amargura

O texto base do encontro: Exodo 15,22-27
Água no deserto -* 22 Moisés fez Israel partir do mar Vermelho, e eles se dirigiram para o deserto de Sur. Caminharam três dias no deserto e não encontraram água. 23 Quando chegaram a Mara, não puderam beber a água, porque era amarga; foi por isso que deram a esse lugar o nome de Mara. 24 O povo murmurou contra Moisés, dizendo: «O que vamos beber?» 25 Moisés clamou a Javé, e Javé lhe mostrou um tipo de planta. Então Moisés atirou-a na água, e a água se tornou doce.
Foi aí que Moisés estabeleceu um estatuto e um direito para o povo, colocando-o à prova 26 e dizendo: «Se você obedecer a Javé seu Deus, praticando o que ele aprova, ouvindo seus mandamentos e observando todas as suas leis, eu não mandarei sobre você nenhuma das enfermidades que mandei sobre os egípcios. Pois eu sou Javé, aquele que cura você». 27 Então chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras. E acamparam junto às águas.

Algumas questões respondidas no texto:
1) Como o Senhor resolve o problema da falta de água e o que Ele exige do povo?
2) Qual a promessa do Senhor para aqueles que ouvem sua Palavra e a põem em prática?
3) O que este texto tem a dizer para os problemas que nós enfrentamos em nossas comunidades?

O livro do Êxodo, de 15,22 a 18 trata da travessia do deserto que vai do Mar Vermelho até o Monte Sinai. Uma caminhada longa e cheia de incompreensões da parte do povo. Uma caminhada educativa onde Deus caminha com seu povo e, passo a passo, faz-se o caminho da escravidão no Egito para a liberdade na terra prometida.
Depois da travessia do mar, completando três dias de viagem, acabou a reserva d´água. Em Mara, o povo encontra água. Achar água no deserto é o melhor que pode acontecer. Mas descobrir que ela não serve pra beber é a grande decepção: Aparecem problemas, dificuldades, decepções, isso faz parte da vida. A água era amarga e não servia pra beber (Mara significa “amarga”). Descontente, o povo se revolta contra Moisés com “murmurações”. Moisés clama a Deus. Deus indica a solução: Moisés deve jogar um ramo na água, ela se torna doce e o povo pode saciar sua sede.
Deus indica que a solução para o problema está nas mãos do povo, está ao nosso alcance. É preciso ouvir mais a Deus, colocar em prática os seus mandamentos (cf. Ex 15,26). Ele caminha passo a passo com seu povo e espera que o povo lhe seja fiel. Ele tira as amarguras da vida e nos conduz para as fontes de água viva.
Importa aqui perceber o significado deste acontecimento para a fé do povo. Para chegar à terra prometida, o povo deve obedecer à vontade de Deus cumprindo suas normas e decretos. As murmurações se repetem em várias situações (cf. Nm 14,22). Elas testemunham que o povo não resistiu à prova. Deus espera que o povo, passo a passo, caminhe na obediência. É a obediência a Deus, através de seus mandamentos que torna a vida doce, sem a obediência o povo vai novamente amargar sua vida em situações de escravidão como no Egito.
O ramo jogado na água é a Lei de Deus, é Palavra de Deus que tem o poder de tirar a amargura e devolver o sabor da vida. Deus cura as amarguras e as feridas do povo com o poder de Sua Palavra. Assim, quando a Palavra de Deus entra na vida e na caminhada do povo, jorra uma vida nova, de esperança para todos. Por isso o povo, continuando a caminhada, chega a Elim e aí encontra um oásis com 12 fontes e setenta palmeiras (cf. Nm 33,9). O povo encontra o necessário para satisfazer suas necessidades e, simbolicamente, as necessidades de toda a humanidade. Este é o caminho para fazer do mundo um oásis bonito e agradável para o povo viver em paz (cf. Ex 15,27). Quem escuta Deus, vence a amargura da vida.
Vale lembrar a Verbum Domini nº 72, que diz: “Se é verdade que a liturgia constitui o lugar privilegiado para a proclamação, escuta e celebração da Palavra de Deus, é igualmente verdade que este encontro deve ser preparado nos corações dos fiéis (...) De fato, a vida cristã caracteriza-se essencialmente pelo encontro com Jesus Cristo que nos chama a segui-Lo. (...) Juntamente com os Padres sinodais, expresso o vivo desejo de que floresça «uma nova estação de maior amor pela Sagrada Escritura da parte de todos os membros do Povo de Deus, de modo que, a partir da sua leitura orante e fiel no tempo, se aprofunde a ligação com a própria pessoa de Jesus»”.
Pergunta para o aprofundamento: O que fazer para reforçar os grupos de reflexão da Bíblia em nossas comunidades e como chegarmos a uma catequese mais bíblica?

Aprofundando o texto de Ex 15, 22-27: Vencer a Sede
O povo caminhou três dias no deserto e não achou água. No versículo 24 o povo murmura três dias após a celebração dizendo o que vamos beber?
"Mas quando chegaram a Mara não puderam beber a água de Mar, porque era amarga; por isso chamou-se Mara. O povo murmurou contra Moises, dizendo: Que havemos de bebe"? Ex 15, 23-24
Diante da dificuldade o povo se volta contra alguém, querem que Moises resolva o problema da água. Moisés neste momento personifica todas as pessoas que conduzem e lideram o povo. Moisés tem que ser tudo o que o Povo quer ao mesmo tempo o líder, o guia na caminhada do deserto, esperam que ele aponte o caminho certo. Moises é chamado para ser o grande animador que ajude o povo a superar a dificuldade do momento: falta de água e fonte de águas amargas: Mara. A questão é vencer a murmuração, existe uma causa que deve ser removida porque a caminhada continua. O importante é manter o povo no caminho do deserto superando as dificuldades, superando os problemas, não se deixando abater por nenhuma causa: mesmo a dificuldade das águas amargas.
No versículo 25 Moisés se volta para Deus e Deus estende a tabua da lei. Este versículo mostra como transformar em doçura o que há de amargo na vida? Porque tanta murmuração contra Deus por parte de seus filhos prediletos. Deus quer indicar que a sua lei transformará suas vidas de um tempo de amargura para um tempo de doçura. É necessário acreditar e ser fiel a sua palavra, na travessia do deserto. No versículo 26 Javé fala:
"Se ouvires atento a voz de Iahweh teu Deus e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, se deres ouvido aos seus mandamentos e guardares todas as suas leis, nenhuma enfermidade virá sobre ti das que enviei sobre os egípcios. Pois eu sou Iahweh aquele que restaura." (Ex 16,26)
Eu sou Javé aquele que cura você. O que adoça a vida das amarguras é a Palavra de Deus. Se Moisés tivesse desanimado na caminhada e em suas iniciativas a água continuaria amarga, os obstáculos seriam cada vez maiores, porém o que nos faz vencer na caminhada do deserto é à força da Palavra de Deus. O povo de Deus venceu a murmuração com a força da Palavra.
O medo que nos leva a murmuração só poderá ser vencido pela presença de Iahweh.
Celebrada a vitória, agora os caminhantes têm que enfrentar as conseqüências da liberdade. Falta água no deserto. E agora? A água que conseguem encontrar é amarga. Na Bíblia a água aparece tanto como fonte de vida como de morte (e até hoje não é assim?). Em qualquer conquista importante, de vez em quando vamos perceber que falta "abastecimento" ou que está a nosso dispor uma "água" que não é saudável. O povo resmunga nessa hora. E quem de nós já não viu algo parecido?
O capítulo termina com uma linguagem simbólica bem típica da Bíblia: chegam a um lugar com 12 fontes de água (número do povo, doze tribos, vida para todos) e 70 palmeiras (sinal de plenitude no resultado da "água").
"Então chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta Palmeiras; acamparam junto as águas" (Ex 15,27)

Questões e dúvidas na caminhada de hoje:
Comunidade: Que "águas amargas" aparecem na caminhada da Comunidade? Como tratamos isto?
Catequese: Como interpretamos as leis de Deus que aparecem. Elas nos ajudam a curar ou são simples ameaças?
Campanha da Fraternidade: Como se apresentam as águas do planeta? O que fazer para que a terra o mar sejam semelhantes ao lugar das "12 fontes e 70 palmeiras" que aparece em Ex 15,27?

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